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Foto do escritorRebeca Santos de Oliveira

Conheça o Radar A de Agro – março

A de Agro antecipa quebra no RS Nossa tecnologia e análises identificaram os primeiros indícios de quebra no RS em novembro (considerando dados de agosto a outubro), enquanto a possibilidade ainda não era refletida nos dados da Conab, conforme mapas abaixo.


Análise A de Agro: Com a colheita de sendo finalizada na região centro-oeste, já não há importância em se considerar o IQ para esta cultura, umas vez que os momentos críticos dependentes das variáveis climáticas já passaram.

No entanto, as condições iniciais para a semeadura do milho se estabelecem nessa época e as chuvas tem sido favoráveis. Já no sul, a colheita no Paraná já supera os 50% e no Rio Grande do Sul está em torno de 5%.

Para o Paraná, as chuvas se mantiveram favoráveis e o IQ não aponta riscos para este estado. No RS a situação requer atenção, pois boa parte da soja encontra-se em fase de floração/enchimento de grãos. Boas chuvas em março (e em abril) podem trazer uma discreta recuperação para este estado, cujo IQ esteve muito alto desde o início da colheita. A região oeste e norte do estado permanecem sob grande risco, com chuvas abaixo e temperaturas acima das médias históricas para o mês.

Supersafra em 2023 deve injetar R$ 1 tri na economia A expectativa por uma supersafra no agro brasileiro em 2023 é grande, de acordo com dados do Ministério da Agricultura (MAPA).

Segundo os dados do MAPA, graças à Supersafra do agro em 2023, a lavoura poderá atingir R$ 888 bilhões, crescimento de 8,9%. Na pecuária, é esperada uma queda de 3,4% por causa da queda do preço dos bovinos. Assim, o resultado previsto é de R$ 362 bilhões.

O ministério prevê um aumento da produtividade média do campo, próximo de 10% neste ano, o que assegura uma boa produção mesmo quando ocorre alguma redução de área.

No ano passado, o setor agro recuou 1,7%, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um dos fatores para essa queda foram os efeitos climáticos adversos na região Sul, como a seca do ano passado.

Quebra de Colheita no RS Fevereiro ficou marcado pela conclusão da semeadura da soja no RS e intensificação dos danos causados pela estiagem. As perdas devido à seca são irreversíveis na maioria das lavouras. As chuvas ocorridas durante o mês de março foram insuficientes para atender a demanda hídrica das plantas e, com isso, os danos acentuaram-se. As áreas com maiores perdas permanecem sendo as localizadas na Fronteira Oeste, Campanha, Missões e Oeste da Depressão Central. Nestas regiões, há registro de perdas acima de 60% em grande parte das lavouras. As chuvas ocorridas na última quinzena foram pontuais nestas áreas, e foram insuficientes para a recuperação das lavouras.

As lavouras semeadas no início do ZARC e cultivares com ciclo precoce foram as mais afetadas. Além disso, a onda de calor que passou sobre o RS proporcionou dias de altas temperaturas e baixa umidade, acelerando o processo de senescência das plantas, com consequente queda das folhas, abortamento de flores, falhas na formação de grãos nas vagens e, até mesmo, a morte de plantas.

O Planalto Superior e Campos de Cima da Serra são regiões onde ocorreram os maiores volumes de chuva durante fevereiro, quando comparadas com as demais regiões do Estado e, mesmo sendo volumes abaixo da média, o desenvolvimento da soja está ocorrendo de forma razoável, e as perdas pelo deficit hídrico tendem a ser bem menores que nas outras regiões.

Na região do Alto Uruguai, a cultura se encontra predominantemente no fim da floração e no estágio de enchimento de grãos, etapas críticas na definição da produtividade e de alta demanda hídrica. Outro destaque em tempos de restrição hídrica são as práticas de manejo conservacionista do solo, que ficam evidentes. Por todo o estado pode-se observar que, nas áreas onde a prática conservacionista e presença de palhada no solo é significativa, há visivelmente melhores condições das plantas, estande de plantas ideal, maior número de folhas e de entre nós por planta e maior número de vagens. Com isso, nestas áreas espera-se produtividades maiores que nas demais.

Outro ponto de atenção é a ocorrência de chuvas localizadas, gerando uma enorme disparidade na condição das lavouras. Em pequenas distâncias há lavouras que receberam chuvas e, portanto, observa-se bom desenvolvimento das plantas, o pegamento de flores e vagens foram favorecidas, ao passo que há situações de morte de plantas por falta de água, abortamento de flores e frutos.

O clima seco tem desfavorecido o ataque de doenças, com exceção de oídio, que tem aparecido em algumas lavouras. O maior problema fitossanitário tem sido a grande infestação de tripes, por conta das altas temperaturas se prolifera com maior rapidez, e o controle tem sido dificultado também devido à falta de umidade.

La Niña chega ao fim após três anos de duração O fenômeno La Ninã chegou ao fim após três anos de duração, conforme previsto pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Com isso, a expectativa é que o Oceano Pacífico permaneça em neutralidade durante o outono e início do inverno de 2023 no Hemisfério Sul.

Ao todo, foram três primaveras consecutivas sob influência do La Niña. O evento atingiu a categoria de nível moderado em alguns meses de 2021, mas, desde setembro daquele ano, permaneceu com intensidade fraca.

O La Niña é caracterizado por um resfriamento das temperaturas do oceano na parte central e leste do Pacífico equatorial. Entre os impactos do La Niña nos últimos anos estão a estiagem no Rio Grande do Sul e na Argentina, além de eventos extremos de frio no Sul no Brasil, com neve até em novembro de 2022.

Acompanhamento da Colheita

  1. Mato Grosso: a colheita da soja cobriu 84% da área alocada à cultura em Mato Grosso, apresentando boa produtividade média, qualidade de grãos dentro da tolerância e umidade levemente superior a 14%. Apesar das chuvas constantes terem provocado um atraso na colheita da oleaginosa, o clima esteve favorável ao enchimento de grãos nas últimas áreas, que serão colhidas em março.

  2. Paraná: a maior parte das lavouras está em boas condições, apesar do excesso de umidade no solo, que provocou erosão, das baixas luminosidade e temperatura, que prejudicaram o desenvolvimento de uma parcela desta cultura. No momento, há boa disponibilidade de água no solo nas regiões onde esta cultura está em florescimento e enchimento de grãos. Porém, em muitas áreas que estão maduras ou prontas para colheita, os recentes episódios de chuvatêm interrompido as operações de colheita, com risco de perdas de qualidade e produtividade.

  3. Mato Grosso do Sul: o elevado volume pluviométrico acumulado impactou as operações de colheita. Por outro lado, os talhões mais tardios, que estão em enchimento de grãos, tiveram boa umidade disponível no solo. Há risco de perda na qualidade dos grãos, uma vez que mais de 50% das lavouras se encontram em maturação e apenas 24% haviam sido colhidas, até o final de fevereiro. A colheita dos primeiros talhões apresentou muita variação de rendimento devido à restrição hídrica do final de dezembro e início de janeiro, mas a perspectiva para o restante das lavouras é de produtividades mais altas e estáveis, elevando o prognóstico geral do estado. Foram constatados focos de ferrugem-da-soja nas lavouras em enchimento de grãos de todas as regiões, além dos ataques de lagartas e percevejos, exigindo reforço na programação de controle fitossanitário dos sojicultores.

  1. Santa Catarina: as lavouras se encontram, em sua maioria, na fase reprodutiva. As condições climáticas, com poucas chuvas e de baixas temperaturas, que se prolongaram até outubro, e a estiagem em novembro, resultaram em atraso na semeadura nas regiões de maior altitude. Contudo, as condições das lavouras encontradas demonstram que teremos colheita cheia. As condições climáticas na primeira semana de fevereiro, com chuvas mais regulares em várias regiões do estado, trouxeram alívio aos produtores. A colheita está em fase inicial nas regiões com plantio antecipado.

  1. Goiás: a maioria das lavouras se encontra em fase de maturação e apresentam boas condições de finalização de ciclo. As pequenas porcentagens de áreas ainda em floração e enchimento de grãos também são favorecidas pelas precipitações frequentes. Com o avanço da colheita, as produtividades se mostram satisfatórias e os grãos apresentam boa qualidade. Nas áreas em colheita, as precipitações, quase sempre seguidas por períodos ensolarados e com altas temperaturas, não prejudicaram, até o momento, a qualidade dos grãos, não sendo relatadas informações de casos relevantes de grãos ardidos ou mofados. A umidade dos grãos que chegam aos armazéns tem sido igualmente considerada dentro da normalidade para a época, variando de 16% a 22%. Há expectativa de melhora nas produtividades conforme o andamento da colheita de lavouras de ciclo médio, que costumam apresentar números superiores às variedades de ciclo precoce.

  2. Santa Catarina: as lavouras se encontram, em sua maioria, na fase reprodutiva. As condições climáticas, com poucas chuvas e de baixas temperaturas, que se prolongaram até outubro, e a estiagem em novembro, resultaram em atraso na semeadura nas regiões de maior altitude. Contudo, as condições das lavouras encontradas demonstram que teremos colheita cheia. As condições climáticas na primeira semana de fevereiro, com chuvas mais regulares em várias regiões do estado, trouxeram alívio aos produtores. A colheita está em fase inicial nas regiões com plantio antecipado.

  3. Goiás: a maioria das lavouras se encontra em fase de maturação e apresentam boas condições de finalização de ciclo. As pequenas porcentagens de áreas ainda em floração e enchimento de grãos também são favorecidas pelas precipitações frequentes. Com o avanço da colheita, as produtividades se mostram satisfatórias e os grãos apresentam boa qualidade. Nas áreas em colheita, as precipitações, quase sempre seguidas por períodos ensolarados e com altas temperaturas, não prejudicaram, até o momento, a qualidade dos grãos, não sendo relatadas informações de casos relevantes de grãos ardidos ou mofados. A umidade dos grãos que chegam aos armazéns tem sido igualmente considerada dentro da normalidade para a época, variando de 16% a 22%. Há expectativa de melhora nas produtividades conforme o andamento da colheita de lavouras de ciclo médio, que costumam apresentar números superiores às variedades de ciclo precoce.

  4. Minas Gerais: a estiagem prolongada no início do ciclo da soja, em outubro de 2022, atrasou o plantio e consequentemente a colheita da soja, em comparação com o mesmo período do ano passado. Com a diminuição no volume de chuvas, a partir da segunda quinzena de fevereiro, os trabalhos de colheita se intensificaram, e foi possível aferir melhora na produtividade, tanto em relação à colheita passada quanto ao último levantamento. Apesar de relatos da ocorrência de mofo-branco e ferrugem, os tratos culturais foram capazes de garantir bom desempenho à leguminosa nesta colheita. Ressalte-se que, à medida que os materiais mais tardios forem colhidos, os quais apresentam maior rendimento, há possibilidade de ganho de produtividade para a oleaginosa.

  5. Tocantins: o bom volume de chuvas nas regiões de produção vem favorecendo as lavouras que estão em fase de enchimento de grãos, mas atrasando os trabalhos de colheita. O acumulado de chuvas na grande parte do estado foi de 50 mm a 70 mm na primeira quinzena do mês. As produtividades alcançadas, até o momento, superam as expectativas iniciais.

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