Cotações do Milho devem permanecer em queda no curto prazo, apesar de fatores de sustentação
- Sette.ag
- há 15 horas
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O mercado de milho no Brasil vive um momento de baixa nas cotações, pressionado principalmente pelo avanço da safra e pela postura cautelosa dos compradores. A expectativa é de que os preços sigam em declínio no curto prazo, embora existam fatores capazes de oferecer algum suporte.

Oferta em alta com o avanço da safrinha
Um dos principais motivos para a pressão sobre os preços é o avanço da safrinha 2025, que está se desenvolvendo bem em várias regiões do país. A entrada da produção no mercado amplia a oferta disponível, ao mesmo tempo em que os produtores ainda possuem volumes expressivos da safra anterior estocados.
Esse cenário resulta em maior disponibilidade de milho, gerando uma disputa acirrada entre vendedores e uma menor disposição por parte dos compradores, o que contribui para a queda nas cotações.

Etanol e ração ajudam a sustentar o mercado
Apesar da pressão vendedora, a demanda por milho nos segmentos de ração animal e produção de etanol segue firme, esses dois setores vêm atuando como importantes vetores de sustentação, absorvendo parte do volume ofertado e evitando que os preços despenquem ainda mais. No entanto, mesmo com essa base de consumo ativa, os volumes comprados não têm sido suficientes para equilibrar a balança entre oferta e demanda, especialmente em um momento de elevada produção.
Mercado internacional também recuou
No cenário externo, os contratos futuros do milho na Bolsa de Chicago encerraram o mês de maio em queda. O contrato com vencimento em julho caiu para US$ 4,44 por bushel, refletindo o bom andamento do plantio nos Estados Unidos e a menor demanda por exportações naquele país. Esse movimento internacional também influencia os preços domésticos, já que reduz a competitividade do milho brasileiro no mercado externo.

Sendo assim...
Segundo análises da plataforma Grão Direto, o mercado deve manter uma tendência de cautela nos próximos dias. Os compradores estão adotando uma postura mais retraída, apostando em preços ainda mais baixos conforme a colheita da segunda safra avança.
Fonte: Canal Rural